sábado, 10 de setembro de 2011

16hr

A casa velha no final da rua, agora tem o silêncio das tardes de inverno. Quieta, nem parecia que o vento de agosto varria as folhas do quintal, Os passáros, as borboletas e de novo o vento, mas ainda o silêncio. Sombra só da fumaça do cigarro, cigarros, outra companhia sem abondono no final do dia.

Li livros que falavam tanta sobre como sobreviver sozinho, que hoje tento buscar nas memórias as várias formas de estar com alguém. Está junto é diferente de estar com alguém, junto a você outra vez, eu quero, no entanto, tenho entre vc e eu uma distância tão desagradável quanto deselegante.

As minhas ações já fogem do comum ou normal, não faço animações corporais para agradar a mais ninguém, não quero agradar ninguém, só finjo, e, isso sim, eu faço muito bem. Fingir é o meu forte. Se as verdades ainda estão guardadas para qualquer dia em algum tempo, deixo-as queitas para não ferir os seus sentimentos. No demais, merecemos e precisamos um do outro, como o sol das 15:30Hr necessita das sombras das 16:00Hr. Pelo contrário, tudo seria quente.

As 16Hr tem sombra, sol, vento, pássaros, borboletas e desejos sem fim.. só não tem o que eu realmente quero. O que eu quero ficou e virou passado, o que eu quereria virou futuro, já não quero mais. Vejo mais uma vez a luz branca e amarela do sol da tarde.. mas vejo sem niguem.

Um comentário:

Aline Valadares disse...

"Li livros que falavam tanta sobre como sobreviver sozinho, que hoje tento buscar nas memórias as várias formas de estar com alguém".

Gostei, volto sempre pra te ler =]